Feminicida confessa o crime em interrogatório, mas mente que era traído

Fonte: Gazeta Digital, créditos da imagem: Reprodução

O feminicida Gilson Castelan de Souza, preso na noite de terça-feira (28), em Campo Grande, após matar Luana Cristina Ferreira Alves, 32, com 11 facadas, foi interrogado pela equipe da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), nesta quarta-feira (29). Ele era procurado pela Polícia Civil de Mato Grosso desde 2022, quando matou a ex-companheira Silbene Duroure da Guia, 45, (em destaque na foto) com diversas facadas.

Segundo informações repassadas pela PJC-MT,  o interrogatório foi realizado por videoconferência, já que o homem está detido em outro estado, e conduzido pelo delegado Edison Pick. Durante a oitiva, Gilson confessou a autoria do crime, alegando que estava sendo traído pela companheira. No entanto, o fato foi desmentido pelas investigações, que demonstraram que o casal havia se separado em 2021, porém Gilson continuava perseguindo e ameaçando Silbene, por não aceitar que a vítima começou novo relacionamento.

A motivação real do crime, segundo o inquérito policial, é que Gilson teria matado a ex por ciúme e vingança. A vítima foi atingida com golpes de faca na residência em que morava, em Várzea Grande. O suspeito ligou para o irmão logo após o crime e confessou o homicídio. Em seguida, ele fugiu para o estado de Mato Grosso do Sul, no qual também cometeu outro feminicídio e foi preso em flagrante nesta semana.

“Por meio do interrogatório, ficou claro que ele premeditou o crime, uma vez que foi buscar a vítima no trabalho com o pretexto de que o filho estava doente, mas, na verdade, ele já tinha o plano em mente de tirar a vida da ex-companheira”, explicou o delegado.

Gilson foi preso em flagrante logo após matar Luana Cristina Ferreira Alves, 32, no bairro Nova Lima. Ela tentou pedir ajuda na rua, mas foi golpeada 11 vezes e morreu.

A morte de Silbene 

Testemunhas relataram à polícia que em 17 de junho de 2022 ouviram gritos vindos da residência em que silbene morava. No entanto, por ter conhecimento do relacionamento conturbado que a mulher tinha com o ex, nada fizeram. Já no dia seguinte, sábado (18), Gilson ligou para o irmão e confessou o crime, dizendo ‘matei minha mulher com uma faca’.

O irmão foi até a casa onde ele morava, encontrou as portas fechadas. Quando ele olhou pela janela, viu o corpo de Silbene  ensanguentado. Ele acionou a Polícia Militar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). As equipes arrombaram a porta do local, contudo apenas constataram o óbito. O corpo tinha várias perfurações, incluindo na cabeça e pescoço.