Fonte: Gazeta Digital, crédito da imagem: João Vieira
O governador Mauro Mendes (União) afirmou que sua declaração sobre não ter condições de implantar uma Delegacia 24 horas da Mulher em Várzea Grande foi mal interpretada. Na ocasião, ainda disse que “não seria doloroso” para a vítima de violência se deslocar até Cuiabá para registrar a denúncia e receber atendimento.
Criticado, o chefe do Executivo alegou que o Estado já possui uma série de mecanismos de proteção às mulheres agredidas.
“Foi absolutamente mal interpretado. Polícia Civil do Estado de Mato Grosso e as forças de segurança têm inúmeros mecanismos. Temos a Patrulha Maria da Penha, delegacias 24 horas em diversas cidades, o SOS Mulher e uma rede de proteção social para quem precisar sair de casa, inclusive com apoio financeiro. Estamos fazendo tudo que é possível e ainda mais, e vamos continuar trabalhando duramente para combater todos os tipos de crime”, disse Mendes.
Conforme noticiou o GD, Mendes minimizou a necessidade da delegacia em plantão ininterrupto e justificou a curta distância entre Várzea Grande e Cuiabá. O gestor alegou o alto custo da medida, que exigiria 5 delegados e, segundo ele, representaria um ônus insustentável ao Estado.
Mato Grosso é o estado brasileiro que mais mata mulheres pelo segundo ano seguido, está entre os com maior taxa de estupro de vulneráveis e também ostenta as primeiras colocações nos índices de violência doméstica.
“Eu sofro, todo mundo sofre. Quem conhece essas histórias e essas pessoas sabe o impacto. Estamos promovendo campanhas na mídia para informar sobre mudanças na lei, mostrando que crimes contra mulheres podem resultar em até 40 anos de prisão, a fim de combater a sensação de impunidade”, acrescentou.
